domingo, 30 de março de 2014

Acessou a internet

Dizer "acessou a internet" já está ficando um termo velho. ( segundo Ronaldo Lemos para a Folha de S.Paulo 24/03/2014 ).
Acessar a internet já era.
Nos dias de hoje já não faz mais sentido a diferença entre estar conectado e desconectado e a explicação faz bastante sentido: a rede, a web, a internet, tornou-se o equivalente à energia elétrica.
Claro que ainda é preciso muito para a inclusão digital.

Pus-me a lembrar de um tempo que na verdade é tão ontem, tão pouco tempo atrás com os computadores de mesa, acesso lento. Eu acessava o orkut pela manhã e voltava à noite para ver a interação. Não se perdia muita coisa, porque a maioria fazia o mesmo.
Rapidamente os notebooks tiraram a internet de dentro de casa e a levaram a passear e agora são os samrtphones e tablets.
Passamos pela fase do deslumbramento. Muitos de nós foram chamados de viciados e acho que agora muitos estão encontrando a boa medida.
Como na eletricidade, não é preciso deixar todas as luzes e aparelhos ligados. Você pode escolher a que horas ligar, o que é prioridade. Pode desligar, sabendo que está ali, disponível.

Conta pra gente se a tua relação com a internet mudou desde quando começou a usá-la.
Beijo!

sábado, 29 de março de 2014

11/52


Dia outro, era um menino
corria pelo terreno baldio a brincar com o vento
com o que o chão ofertava
pedrinhas, minhocas, caramujos, folhas e gravetos.

Acordou vestido
Imponente.
Já não mais brinca
apesar da insistência do vento
em sacudir suas vestes.

O sol onipresente
talvez ache inadequado
o seu plantar-se;
talvez não.

Onipresente
a tudo ilumina:
o vento, os gravetos, a edificação vestida.

Ilumina minha indignação
e meu desejo de que as habitações
tenham coração.


quinta-feira, 27 de março de 2014

E agora?

Meu blog tem três anos e meio. Não é muito comparado com os que estão há quase dez anos blogando, mas a interação é grande, lemos, compartilhamos, trocamos nossas figurinhas por aqui e em meio a tudo isto eu nunca li um postagem onde o blogueiro falasse que tinha deixado seu celular cair dentro d'água.
Eu penso que a melhor tradução para cair dentro da água é mesmo cair dentro do vaso sanitário.
Claro que esses assuntos de esfera privada causam certo constrangimento, mas é o lugar mais provável para um celular ir parar.
Apesar de não ter nenhum domínio de física, eu já passei por uma experiência, digamos de física aplicada: houve uma urgência em utilizar o toalete; urgência dessas mesmo urgentíssima. Então na velocidade em livrar-me das roupas, mais o ângulo que se formava entre o celular no bolso de trás e a flexão dos joelhos, pronto, o celular caiu - por sorte no tapetinho!
Muitos não tiveram a mesma sorte.
Para estes é indicado um produto revolucionário:


A propaganda que estou fazendo é gratuita, tá?
O produto custa uns quinze euros. Aqui.

Mas, se você quer reavivar seu celular gastando bem menos, a opção é o arroz.


Dizem que ele puxa a umidade e o celular volta a funcionar. Nunca testei.
Fico a pensar que se você tem o celular mergulhado onde não devia e depois de mergulhá-lo no arroz ele ligar, acessar, falar, zapear, deve dar uma felicidade tão grande, mas tão grande que é preciso outro cuidado.
Não vá esquecer o arroz ali enquanto sai ligando, curtindo, porque certamente sua mãe vai aparecer e vai colocar o arroz no fogo.
E você certamente vai comer sem nem pensar em nada!

Obrigada pelo apoio nos meus dias de ausência! Aos poucos os visitarei.
Beijo!



sexta-feira, 14 de março de 2014

10/52


Foi o índio Kaka Werá que ensinou o que significa um "programa de índio".
Contemplação, olhar meditativo, apreciação, silêncio, quietude.
Essa foto foi tirada num dia de semana qualquer, onde paramos para um programa de índio.

*A vida por vezes nos coloca situações que requerem urgência, resoluções e por este motivo o Lado de Fora do Coração ficará um pouco recolhido ao lado de dentro, até que tudo se solucione.
Fecharei os comentários porque não vou conseguir visitar e comentar em outros blogs. Talvez siga com  as fotos deste projeto, ainda não tenho certeza.
Até breve!

terça-feira, 11 de março de 2014

E-mail perfumado

Ano de 2005 - Você não tem e-mail?
Ano de 2014 - Você ainda usa e-mail?

Sofri muito com a pergunta que a todo momento me desferiam em 2005.
Todos os lugares físicos aonde eu ia, todos os telefonemas que eu dava, inevitavelmente me faziam a pergunta: você não tem e-mail?
E não era só a pergunta não. As pessoas me olhavam não acreditando que alguém que tivesse atravessado um possível fim de mundo ( lembram-se de 1999? ) não tivesse e-mail. Pelo telefone a entonação que colocavam no "não tem?", era indescritível.
Era como não ter identidade, personalidade.

Fiz um e-mail para mim. Ou melhor, fizeram.
Foi o meu professor particular de como segurar no mouse e não tremer, numa escola de computação que o fez para mim.
E tive que passar por mais uma humilhação. Ele criou para mim um endereço anapaula71 - que depois de tanto deboche, soube que não era muito apropriado carregar o número 71 no seu endereço de e-mail.
Livrei-me daquele, fiz outro, com muito custo aprendi a anexar uma foto, colocar um link e me iludi achando que estaria feliz no mundo para sempre. 

2014 trouxe-me este outro golpe "Você ainda usa e-mail?"
Como assim? Ainda usa?
Sim uso, mas, por que, não é mais para usar? O que se faz então?

Era um sábado ensolarado e estávamos em um "churrasco em família".
Meu celular estava em cima de uma mesa, quando um sobrinho chegou e pediu se podia ver o aparelho.
Assenti e logo ele me perguntou - "Você não tem zap-zap? Como você faz para falar com as pessoas, ainda manda e-mail, torpedos?"

Eu estava iniciando uma piada, não podia me distrair e respondi rapidamente que sim, usava e-mail, torpedos para falar com as pessoas. Falar não; escrever.
Esforço concentrado para contar bem a piada e o sobrinho insistindo - posso baixar o zap-zap, qual seu e-mail.
Um pouco atrapalhada, dei o endereço virtual que não servia para tal finalidade e ele já foi criando outro. Eu na piada e ele falando a senha do novo e-mail e pronto - "Tia, agora você já tem zap-zap."

Eu bem que me esforcei, mas não me saí bem nem na piada nem no zap-zap.
Acho que não é adequado às minhas necessidades. Quem sabe num futuro...
Desinstalei o tal balãozinho verde.

Ouvi mais algumas vezes a interrogação - você ainda usa e-mail.
Mas, foi uma entrevista para jornal que fez realmente eu me sentir uma estranha:

"No e-mail, você manda a mensagem, não sabe se a pessoa leu. E ainda assim foi possível tanta coisa com e-mail.
A coisa está ficando mais em tempo real, mais pessoal.
... no fim das contas, isso vai tornar a vida das pessoas mais fácil."

 Jan Koun, criador do app comprado pelo Facebook ( o tal do zap-zap ).

Sentindo-me um ser pré-histórico, respirei fundo e dei a volta por cima.
Se pensam que sou ultrapassada só porque mando e-mails, vejam só a minha modernidade: acordo todas as manhãs com o cheiro de morangos frescos sendo exalado do meu celular. Duvida que celular tem cheiro? Ei, em que época você está?
Ah! E se preferir acordar com cheirinho de café, também tem.
Agora me diz, sou moderna, não?!


Tudo que escrevi acima é mentira. Sou despertada pelo cheiro do café vindo do coador de pano mesmo. Agora é sério, celular já pode ter cheiro.
Entregam no Brasil. Conheça aqui!

Vou é mandar um e-mail perfumado pro meu sobrinho e aí ele vai sentir o que é modernidade!

domingo, 9 de março de 2014

Meu vizinho é um leão


Sabe aquelas pessoas que, quando você começa a contar um problema seu, ela interrompe e diz que o caso dela é pior, mais grave, maior?
Pois eu gosto muito dessas pessoas.
Semana passada eu encontrei na feira a Cleontina. Na verdade foi a Cleontina quem me encontrou e foi logo acenando e vindo para o meu lado.
"Tudo bem Paulinha?"

Não, não estava tudo bem. Eu estava naqueles dias.
Naqueles dias em que você acorda e esquece de rebolar para mexer o açúcar que fica lá no fundinho, sabe? Então eu estava amarga. Muito amarga.
Comecei a reclamar logo de cara pra Cleontina:
"Não está nada bom Cleontina. Essas betoneiras que ficam estacionadas na minha porta...
Fui interrompida. Bruscamente interrompida.
Nem houve tempo para que explicasse que não era uma betoneira, que era um coletivo de beton...

"Ih Paulinha, isso não é nada minha filha perto do que eu passo há anos. Eu e o Vavá - que Deus o tenha - trabalhamos a vida inteira juntando um dinheirinho pra comprar a nossa casinha Paulinha. Foi suado, muita economia, esperava o chinelinho das meninas rasgar pra comprar outro. E quando juntamo o dinheiro olhamo muito antes de comprar. Aí nós encontremo uma casinha ali perto do Jardim Zoológico. Demo uma reforma porque eu queria entrar igual a casa de noiva, com tudo arrumadinho. Nós escolhemo perto do zoológico já pensando nos netos Paulinha. A gente ia poder ir toda manhã ver os moços dando comida pros bichinhos e lá é pequeno e cheio de árvore, bom que só.
Mas foi eu entrar na casa que na primeira noite começou. Ô Paulinha, não há de ver que nossa casa faz fundo com a jaula do leão? E quem é que dorme com os urro do bicho? Mas é a noite todinha o infeliz rugindo. A gente vai lá de dia com os netos e cadê de ver o leão? Tá dormindo o safado pra atormentar à noite. Olha Paulinha, mas quanto ressentimento eu guardo minha filha. Quantas vezes eu dormindo e aquele miserável do leão rugindo e aquilo entrava no meu sonho e eu achava que era o Vavá roncando e dava-lhe cada bordoada. Coitado do Vavá, Paulinha. Levou bordoada por causa do leão. A gente só tem sossego Paulinha só quando levam o bicho lá pra São Paulo limpar o tártaro dos dentes".

Cheguei em casa, eu dei tanta risada da situação da Cleontina que acho que remexeu o açúcar que tava lá no fundinho e voltei a ficar boa!

Pensando melhor as betoneiras não são nada diante de um vizinho daqueles.
E você, tem como vizinho um leão?

Aproveita e clica no mapa lá no número 50 pra conhecer o vizinho da Cleontina!




sábado, 8 de março de 2014

Frutos da guerra

"Por mais que não aconteça aqui, não significa que não está acontecendo".


Campo de refugiados era para mim um conceito apresentado numa aula de História da minha adolescência. A professora empenhou-se ao máximo para que tentássemos ao menos resvalar naquela realidade.
Eu, olhei para o relógio calculando quantos minutos faltavam para a aula acabar.
Voltei a reencontrar os campos de refugiados em imagens nos noticiários, que até causam um impacto passageiro, porque, afinal em noticiários uma sucessão de tragédias vão se sobrepondo e ao final já não há mais impacto, só uma sensação de que o mundo está ruim.
Num outro contato com um campo de refugiados, eu fiquei profundamente tocada: recebi um e-mail de uma jovem garota que vivia num desses campos. Sua família fora massacrada e agora ela contava com o apoio de um padre que uma vez na semana possibilitava que usassem um computador. ela contava com o padre e com a minha amizade.
Ao final do terceiro e-mail veio o pedido da minha conta bancária e o fim de qualquer sensibilidade da minha parte.
Recentemente, ao ler uma reportagem em revista, soube que campos de refugiados seguem normas de construção, espaço mínimo recomendado, condições habitáveis. O que na prática, parece não acontecer.

Também recente, houve um evento num parque aqui de São Paulo, onde foi montado um espaço para simular a vida num campo de refugiados. Não era somente entrar, olhar o local. Quem se dispusesse, recebia uma orientação para ser uma pessoa ali dentro: uma mãe, uma criança, um adolescente e lhe era indicado seu espaço.
Claro, sabíamos que dali a um pouco estaríamos de volta às nossas casas, mas ainda assim, quando se está ali numa minúscula tenda de cores opacas, um misto de angústia com tédio, afloram.

É verdade que não acontece por aqui, porém é preciso saber.

"Por mais que não aconteça aqui, não significa que não esteja acontecendo" é a divulgação de um vídeo sobre o conflito ( acho que guerra, infelizmente traduz melhor a realidade ) na Síria que nos próximos dias completa 3 anos. Neste período, 11mil crianças já morreram e mais de 1 milhão estão refugiadas.

No vídeo, um segundo de cada dia de uma menina é mostrado. Uma criança saudável, que brinca, sorri e aos poucos, com os noticiários da tv, jornais, a tensão dos pais aumenta e aos poucos a vida da menina vai mudando.
Ela deixa de brincar para fugir das bombas, se abrigar em esconderijos e come o que é encontrado nas ruas.

Uma boa notícia: muitos adultos estão sendo capacitados para se tornarem mediadores de leitura para as crianças refugiadas, uma grande maioria órfãs. E o livro predileto das crianças refugiadas no Afeganistão é Cinderela.

Coloco o vídeo, onde uma atriz britânica de 9 anos interpreta a menina síria.
A ong que fez o vídeo e também arrecada fundos para ajuda, tem também o objetivo de mostrar que pessoas ao redor de todo o mundo não se esqueceram daquelas crianças. Para isso, propõem que as pessoas cedam seus perfis nas redes sociais ( facebook, twitter ) para que possam conscientizar e mostrar àquelas crianças que mesmo longe da realidade delas, pensamos, nos importamos. enviamos uma oração, um sopro de fé para que não desistam.
Mais informações aqui.



sexta-feira, 7 de março de 2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

Meu pior momento

Não li este livro, mas li comentários, resenhas que me trouxeram recordações ( daquelas que a gente sente vergonha só de lembrar! ).

A autora do livro, a livreira Lilian Dorea, coleciona histórias engraçadas do cotidiano nas livrarias. "O resultado é um retrato bem humorado de nossos piores momentos dentro de uma livraria"- Danilo Venticinque.

Tomei coragem, apesar da vergonha e vou relatar o meu pior momento numa livraria!

Novembro passado eu tinha uma lista de pequenas coisas a serem resolvidas e o melhor lugar para resolver tudo de uma só vez era a região da Avenida Paulista e seus aredores.

Fui sozinha e houve tempo para uma ida à livraria de minha preferência.
A finalidade era olhar e levar para a lista dos desejos alguns títulos.
Escolhi somente um: ele estava próximo ao abajur. Na penumbra pareceu-me de um azul escuro a capa. Manuseei, abri, folheei, li alguma frase que, mais me encantou do que me fez memorizá-la.
"Tá aí - é este o presente que quero ganhar". 

E em dezembro eu estava com marido na avenida Paulista e ele me perguntou se eu queria um presente.
Quero um livro, respondi.
Então vamos ali na livraria.

Bom, mas não é um livro desta livraria; é lá da outra que fica lá embaixo.
Aquela? São umas dez quadras para descer e depois subir tudo de volta? Nem pensar. Estamos quase na porta de uma livraria gigante. O livro que você quer com certeza tem ali.

Final de ano é uma complicação encontrar lugar para estacionar; na verdade é estressante. Não tem, nem nos estacionamentos pagos. E para  quem está de carro, pensar em andar dez quadras...

Mas o livro ao lado do abajur, recebendo aquela luz fraca que o repousava na penumbra e aconchegava suas palavras...
Entrei na livraria gigante, toda iluminada, para qualquer canto que se olhasse, a claridade reinava.
Cheia, lotada. Encontrei uma vendedora que estava ao telefone, fiquei aguardando ao lado dela e assim que ficou disponível, fiz o pedido:
"Quero um livro do Moacyr Scliar de capa azul".
A moça me lançou um olhar de reprovação e disse com gentileza forçada:
"Não temos nenhum livro do Moacyr de capa azul, tem aquele que é o mais recente de capa amarela".

Eu estava sendo gentil de verdade e não queria dizer a ela que na outra livraria lá embaixo dez quadras tem o livro azul que fica ao lado de um abajur.
Tentei novamente, colocando mais docilidade na voz.
"Tem uns passarinhos na capa".
A moça me lançou um olhar de bodoque a espantar qualquer passarinho.


Foi até a prateleira e voltou com esse em mãos: tem árvores na capa, ela disse com voz cascuda.

Leva esse querida, disse marido gostando das árvores na capa. Deve ser muito bom.

Trouxe as árvores para casa, mas fiquei pensando nos passarinhos na penumbra do abajur.

Ainda bem que passarinhos voam e posam em árvores!


Eu sabia que ele existia! A capa não era azul escuro, deve ter sido a penumbra, não importa!
Uma pessoa que coloca asas em livros, fez com que ele pousasse nas minhas mãos!

Você tem um pior momento numa livraria?!


quarta-feira, 5 de março de 2014

Tráfico humano

O tráfico humano, problema, vergonha, de proporções universais é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
Assunto que parece distante de nós, mas a um olhar um pouco mais apurado, mostra-se assustadoramente próximo.

Segundo a ONU, o tráfico humano é colocado entre as atividades mais rentáveis do mundo, movimentando por ano 32 bilhões de dólares.

Há pelo menos quatro categorias do tráfico humano:

 - Exploração sexual;
 - Exploração do trabalho escravo;
 - Tráfico humano para extração de órgãos para transplantes; 
 - Tráfico de crianças e adolescentes para adoção ilegal ou trabalho.

Sobre o trabalho escravo, aqui em São Paulo, vivendo em cortiços, muitos bolivianos, trabalhando em máquinas de costura doze, quatorze horas ( ou até mais ) por dia.

Só para citar a Índia, quantos trabalhadores em condições até piores para produzirem roupas para magazines de nome, o mesmo roupas que recebem uma etiqueta de grife.

Conscientização das pessoas, cobrança do Governo para a diminuição da vulnerabilidade é uma das metas que se pretende alcançar com a campanha.

Quando escrevi ali em cima sobre estar assustadoramente próximo, pode estar em nossos guarda-roupas:

"Quando você compra algo e leva outro de graça - não é exatamente de graça". ( aqui )

E aqui é muito além dos impostos; de graça ou excessivamente barato, significa que pessoas estão sendo exploradas.

Vale a reflexão sobre a nossa maneira de consumir e das outras formas de exploração humana.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Doce de banana

Não havia concórdia.
"Mas você já comeu o outro / Ah, mas vamos dividir este / Não é só meu / Eu, mãe,  também quero, divide em três.

O motivo da falta de concórdia era um doce. Não um doce qualquer. Ele até era um, doce comum, mas aquele tinha outro sabor - veio de longe, estava cheio de sol, axé e pimenta.

Enquanto se discutia quem comia , ou em quantos pedaços se dividia, ele chegou silencioso e resolveu o dilema.


Lá se foi o último doce de banana...

O caderno da Menininha

Xiiiiiii! Nem adianta. Agora só depois do carnaval. Na verdade, só na outra semana ainda, porque vão emendar a semana inteira. 

Essa foi a frase mais proferida nesta semana! E eu estava resignada a ela.
Comprei um livro e me conformei que o receberia somente depois do carnaval.
Qual não foi a minha surpresa quando ele chegou em pleno carnaval?!


E nesses dias de folia, nós optamos por um descanso. Sem horários escolares, rotinas, correrias.
Fazia muito tempo que eu não lia para as crianças. Eles vão crescendo, passam a fazer as suas leituras sozinhos e há muito que não tínhamos um momento assim: crianças na minha cama para ouvirem histórias!



O caderno da Menininha traz várias histórias, daquelas que trazem, a nós adultos, aquela deliciosa nostalgia da nossa própria infância.
Um livro muito bem cuidado! Da capa, ilustrações, a letra, tudo muito bonito. Parabéns Rovênia!

Para conhecer mais, clique aqui.

9/52


Paciência. Virtude a ser exercitada, fortalecida, nas coisas simples a ser praticada. Num mundo onde o virtual faz parte do real, a prática da paciência é essencial.
Neste caso, um presente, uma caixa os esperava. Mas, ainda tinha que esperar o ônibus, fazer todo o trajeto, chegar em casa... O doce sabor da espera, a paciência!