segunda-feira, 29 de junho de 2015

Segunda com feijão



Simbora que é segunda-feira! Já pôs o feijão no fogo? 
Marido, lá em Minas Gerais, manda perguntar se alguém quer um punhadinho?
É feijão do bom e tá fresquinho!



domingo, 28 de junho de 2015

Sobre relacionamentos

Recebi por e-mail esse texto, já faz tempo e procurei a autoria, mas não encontrei; encontrei-o em outro blog e só agora me inspirou a escrever algo relacionado a ele.
Tenho tido boas e espontâneas conversas com meu filho adolescente. Às vezes sou surpreendida com sua maturidade para os poucos 12 anos e, outras vezes, sinto que a falta de vivência, de experiência dele não o fará entender por mais que eu argumente.
Estávamos dia desses, diante do amor romântico que ele vê se manifestando na vida dos primos mais velhos, no colégio, onde se começam alguns namoricos e compara tudo isso com o que ele tem de mais próximo, ou seja, os pais, a família com os tios mais velhos.
E junto a tudo isso tem as idealizações e sonhos dele: "eu farei assim; nunca farei como vocês, etc"
Os primos estão iniciando, descobrindo e o lado social que se mostra é intenso e lindo. Baladas, festas, amigos, restaurantes. Todo um lado que pode fazer parte.
Mas há o outro lado.
O lado morno, ou como eu prefiro chamar, sereno. Onde já fez tudo isso e agora as coisas são diferentes, principalmente a depender do estilo de vida de cada um.
Não que um jeito seja certo ou errado. Mas acaba até existindo um padrão.
É comum no início de relacionamentos uma vida mais agitada e com o passar dos anos o agito se acalma, ou toma outros caminhos.
Brinco com ele e digo que dificilmente casais há um bom tempo juntos queiram ficar em filas de quarenta, cinquenta minutos na porta de um restaurante ou pizzaria. A gente compra e leva pra casa e fica tudo bem!
São coisas que precisam de tempo e a maturidade que ele que ainda não viveu e por isso não tem.
O bonito texto traz essa reflexão.


Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio. 
O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história: 
Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete. 
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e Seus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. 
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção: “- Meus filhos, foram 55 bons anos… Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.” Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: 
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros… 
Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim… ” 
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.” E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo,e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. 
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe…”


sábado, 27 de junho de 2015

Compartilhando leitura

Recebi o convite vindo da Janeisa que bloga lá no Brasildobem, a postar hoje sobre um livro. Ela se inspirou na blogagem coletiva dos varais que eu e a Tina organizamos e assim vamos partilhando leituras, novos blogs, novas ideias.
O livro que escolhi, é na verdade de meu filho Bernardo que está no 9˚ ano.

Ele me trouxe o comunicado do colégio sobre essa leitura no começo do mês. O livro seria vendido na própria escola e assim que ele chegou, pedi para ver a capa e dei uma rápida olhada para saber sobre o que se tratava. Decidi que leria antes dele!

O livro fala do Holocausto, dos horrores da guerra e também de paz.

Quando eu estava na escola, o conteúdo sobre a segunda guerra, foi dado, na minha opinião, de maneira muito supercial e nós estávamos preocupados em decorar datas porque era isso o que nos seria pedido em prova.

Meu filho já teve aulas mais aprofundadas sobre o assunto, incluindo imagens e filmes.

Foi só recentemente que eu fiz uma leitura que me mostrou, me fez sentir a intensidade do horror e sofrimento. E eu, ainda que quisesse que meus filhos tomassem conhecimento exatamente daquela forma, ainda assim o livro "A Bibliotecária de Auschwitz" era de uma intensidade não para adolescentes.

Chega então em nossas mãos A mala de Hana.


Fumiko, é a curadora do Centro Educacional do Holocausto no Japão, criado para, através de objetos,  ensinar as crianças japonesas os horrores do Holocausto e também o otimismo e a alegria de viver dos sobreviventes dos campos de concentração.
A história de Fumiko e as crianças japonesas se passa em 2000 e ao mesmo tempo é narrado a vida de Hana e sua família entre 1930 e 1940. A mala de Hana chega ao Centro Educacional e a partir dela, a curadora, movida pelo desejo das crianças de saber mais sobre a garota dona da mala, inicia suas investigações e ao final "chega"  ao Canadá, onde o irmão de Hana, um sobrevivente que vai até o Japão ao encontro das crianças.

Um livro singelo, mas sem omitir as dores, as tristezas vividas naquelas décadas. São relatos que emocionam, como quando a mãe de Hana é convocada a se apresentar e partir em um trem. À noite ela se despede dos filhos, mostrando toda a coragem e esperança para esconder o coração despedaçado de mãe.

Adorei a maneira como as histórias se entrecuzaram, como foi descrito os momentos mais difíceis de Hana e sua família e a mensagem de paz que o livro se propõem: conhecer sobre o Holocausto é necessário para que esse horror nunca mais se repita.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

D de


Nem ocupe o seu tempo tentando elaborar uma teoria egocêntrica para meu filho, achando que excesso de autoestima pode ser prejudicial...
Eu sou uma delícia é cola.
É meu filho passando cola de prova para alguém: alternativa d de delícia.
Ah se eu fosse professora!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Descombinado

"Mãe, não vamos pelo elevador social porque, no social, as pessoas ficam sempre olhando para baixo e elas vão ficar olhando para os meus pés!"


Já era noite e eu avisei que desceria com o cachorro que já estava "apertado".

Posso ir, posso ir?
Então ligeiro.
Não vou nem por tênis ou bota, já tá escuro mesmo né?

A própria dona das meias sapatilhas com sapatos sapatilhas achou sua combinação engraçada e o melhor é que nem se importou! Descemos rindo, ou melhor gargalhando!
E claro nos lembramos de um livro que foi muito lido aqui quando mais novos: Pedro e Tina, uma amizade muito especial de Stephen Michael King.



"Então, Pedro lhe arranjou um casaco e um chapéu que não combinavam".

Às vezes, descombinar combina com uma leveza deliciosa na vida!

terça-feira, 23 de junho de 2015

Asilo e creche juntos

No mês passado meus filhos me pediram para comprar fralda geriátrica pois queriam participar de uma campanha de arrecadação na escola.
Fomos juntos, eles perceberam como são caras as fraldas ainda mais que um pacote dura somente alguns dias, daí a importância da campanha. No dia em que entregaram na escola, foram informados que haveria um sorteio para os que estavam participando da campanha e iriam conhecer e fazer a entrega num asilo.
Ambos vieram entusiasmados com a possibilidade.
E aconteceu! Os dois foram sorteados!
Bernardo foi ontem a um asilo e Júlia, hoje, em outro.

Foi o primeiro contato deles com esse tipo de instituição e de situação, pois os asilos que visitaram são para pessoas de baixa renda e a maioria ali está abandonada pela família.

Bernardo achou muito triste, especialmente o abandono e a carência material.
Júlia se emocionou ao ouvir de um senhor que ele estava muito feliz por receber a visita deles, mas eles iriam embora e a alegria também.

Foi excelente eles terem tido contato com essa realidade porque a novidade abriu espaço para diversas reflexões. Disseram que nunca me colocariam num asilo. Primeira ideia errônea.
Conversamos sobre os vários tipos de instituições que existem e que muitas vezes pode até mesmo ser uma decisão da pessoa querer viver ali ou em certos casos, ser necessário estar num lugar desses pelos cuidados que seriam difíceis de serem dados em casa. O maior problema mesmo é o abandono pelos filhos, familiares.

Curiosamente, hoje li um artigo da Rosely Sayão falando que as mães recorrem aos pediatras e quase nunca aos pais ( avós ) para tirar alguma dúvida sobre a criação dos filhos. Não há mais confiança nos avós, segundo a pesquisa que ela relata. Uma outra forma de abandono.

E também foi hoje que encontrei em vários sites, a divulgação de uma creche e asilo juntos nos Estados Unidos.

Segunda ideia errônea (da minha parte) - quando li que crianças estavam no mesmo espaço que os velhinhos, senti piedade deles. Pensei no silêncio e paz que eles precisam. Estava errada.
A tristeza que meus filhos viram nos asilos que visitaram, a apatia, é transformada na presença das crianças, na convivência com elas. E elas aprendem sim a respeitar os idosos.

Deixo aqui o vídeo de uns quatro minutos para você também se surpreender!


Cultivar a felicidade

Semana passada, a Dra Cristiane postou em seu blog a indicação de um documentário sobre a felicidade.
Happy é o título. Já tinha ouvido falar muito bem dele, lembro-me de querer assistí-lo e nem o porquê, mas perdi.
Então depois de ler a postagem, algo me inspirou a querer vê-lo e o fiz nesse final de semana.
Incrível!
A felicidade muito além dos nossos tão aclamados momentos felizes. A felicidade cultivada exatamente como faz um agricultor: lavra, fertiliza, irriga, planta as sementes, cuida, tira as ervas daninhas e faz a colheita.
Através de histórias individuais, algumas coletivas vamos percebendo a felicidade no simples, na maneira de olhar para a vida.
É possível compreender perfeitamente o conceito de Felicidade Interna Bruta criado lá no Butão que nos chegou aqui através de noticiários com um tom de piada, de utopia. E é algo que devia estar,a começar na nossa Amazônia sendo preservada...
Há toda uma base científica agora com os estudos da neurociência, da psicologia da felicidade muito interessante.
Os problemas, os desafios não deixarão de existir, mas é possível ser feliz mesmo com eles.
Deixo o link do filme. Se quiser assistir, primeiro agende no seu interior, depois salve o link, copie, cole no teu e-mail, enfim, você terá em uma hora e quinze minutos um enorme aprendizado!

Happy - aqui.

sábado, 20 de junho de 2015

Pêssego em calda

História número um.

"Pêssego com creme de leite".
A voz enfraquecida saiu numa inesperada pausa do sofrimento.
A ainda não-mulher, a apenas menina, acatou o desejo da mãe.
Abriu a geladeira e diante da luz amarela vinda lá do fundo, que ficaria para sempre em sua retina, sentiu alegria e também frio.
Parecia muito para a dúzia de anos da menina compreender tamanha dor. Pareceria igualmente muito se tivesse cinquenta ou setenta.
Serviu em dois copos o doce com calda e o branco creme.
Apreciou ver a mãe saciando um desejo. Mesmo em sua magreza, estava bela.
O último alimento da mãe; a última comida em que partilharam juntas sabores, olhares, um longo abraço até que a pausa do sofrimento trouxe em definitivo a ausência.

História número dois.

No mercado com sua mãe, a garotinha de dez anos faz um pedido:
"Mãe, eu sei que você está com dinheiro, mas quero te pedir para não comprar pêssego em calda. É que é tão bom, tão gostoso e eu comi essa semana, então quero que demore até eu comer de novo. Quero que seja especial!

A garotinha da história número dois não sabe da primeira história.
Não sabe que sua avó deleitou-se com o mesmo sabor que ela tanto aprecia.

Lá em cima, na primeira história, estou eu e minha mãe.
No mercado, eu e minha filha.
Ainda não contei essa história para ela porque não é apenas dizer "minha mãe, sua avó, pediu-me pêssego em calda antes de partir".

É uma história especial, que precisará de um momento especial e certamente será ao sabor de pêssego em calda com creme de leite!

E então, já preparou uma história, uma receita, um prato, uma foto para trazer aqui na toalha xadrez da Blogagem Coletiva? Então prepara e traz!
Mais pro final da tarde, volta aqui que eu  editarei essa postagem para acrescentar os links que estão participando. E espia lá na Tina também!

Saudade é o tema da próxima BC - 04 de julho.


Doce, salgado, sabores, amores... confira:

Rosélia

Luma

Chica

Bia Hain

Tina

Felipa

Estela

Majoli


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sexta-feira de feira


Sexta-feira, na casa de minha infância, era dia de feira e faxina.
A feira de sexta-feira foi a primeira que me lembro frequentar de braços dados com minha mãe, sacola de lona e pastel de almoço!
Adorava essa parte do almoço. Como era também dia de faxina, para não se atrapalhar entre as panelas e a enceradeira, almoçávamos na feira. Eu ia para a escola no período da tarde e quando voltava, o chão de vermelhão brilhava, a estante cheirava a lustra-móveis, as roupas estavam passadas, a fruteira cheia.
E assim fui me apegando ao gostoso "ir à feira". Na sexta, trivial e necessário. Aos domingos, feira mais longe, o passeio era no carro de papai e tinha a parada na barraca do japonês: saquinhos de doces vinham na sacola em companhia de sardinhas frescas, melancia e outras delícias.

Por e-mail, a Tina me falou de um livro:


Estava com 50% de desconto. Por conta de meu apreço e pensando em encontrar a minha feira de sexta-feira e domingo nele, adquiri.
Li, e gostei metade.
E como disse lá naTina, preferia não saber.

Encontrei boas histórias, algumas coisas eu já conhecia, ensinada pela minha mãe, por exemplo, os preços que vão baixando no decorrer das horas. Às sete da manhã, tudo mais caro, e também mais bonito; meio-dia, hora da xepa e gritaria total - liquidação na feira!
O dia em que vi o preço de uma fruta e no momento em que eu olhava, o feirante tirou o pregador do papel com o preço e o virou, deixando à mostra um preço menor, fiquei ali admirando, como fosse uma mágica!
Mamãe também alertava para as balanças, que na época eram com aqueles pesos ( filizola vermelha ) ou ainda com os dois pratos, onde era melhor você mesma segurar firme e "estimar" o peso para não ser passada para trás.
Isso até hoje não consigo! Saber se tem um quilo ali...

Muitas mudanças houveram nas feiras. Leis para regulamentar e organizar melhor a convivência entre feirantes, moradores, trânsito, mudaram em muito a cara da feira.

No livro de Júlio Bernardo, ele retrata as feiras no auge dos anos 80 e 90 e eu preferia não saber de algumas coisas.
Que são um dos trabalhadores que mais acordam cedo, eu sabia. Duas horas da manhã já de pé para abastecer o caminhão com mercadorias, depois se dirigir ao local da feira, montar as barracas. E para aguentar o frio, o sono, cansaço, além do álcool, muita droga rolava por ali.
Muitos filhos de feirantes foram concebidos nesse amanhecer, lá no caminhão. Desconhecia e tem lógica: para eles que acordam e vivem na madrugada e geralmente trabalham em família, resta esse horário para procriar. Como disse, esse relato são das feiras do passado.
A agressividade, rivalidade, armas, brigas com facas...
Mas também o companheirismo, a troca de produtos ao final da feira, o trabalho oferecido para ex presidiários.
Gostei, metade só. Prefiria não saber e ficar com o colorido, com a alegria. Escolho ficar com essa metade.

Entre temperos, ingredientes frescos, o encontro com uma comadre, a troca rápida de uma receita, uma dica, eu a Tina convidamos para a Blogagem Coletiva sobre comida.
Como o pessoal se animou com o varal de leituras e houve uma boa confusão ( ! ), vamos fazer nesse sábado e depois entramos nos eixos fazendo uma por mês, sempre no primeiro sábado de cada mês, até onde render.
Então, amanhã sábado 20, traga sua foto, receita, dica, texto, panela queimada, bota no varal e senta ali na toalha xadrez estendida, que vai comida boa, prosa e mais interação!
Corre pro fogão, ou pro caderno, ou pro computador que vai dar tempo!
Não se preocupe com as formigas nos doces. A toalha xadrez é toda trabalhada em antiformigas!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uma foto de celular

Era um evento cultural na escola das crianças.
Num determinado momento, meu filho pede o celular emprestado e demora um bocado para devolvê-lo.
Já em casa, eu abro a galeria de fotos do celular e abro também um sorriso.


Hoje, antes mesmo do dia clarear, enquanto se arrumavam para a escola, brigavam.

É hall.
É corredor.

Diariamente brigam; diariamente acham que eu protejo um em detrimento do outro e claro, amo mais o outro do que ele/a...
Então concluo que não gostam. Tenho inexperiências fraternas.

Que foto linda! Exclamei ao encontrá-la no meu celular.

"Ah mãe fui eu mesmo que tirei. A menina é tão linda e foi a melhor interpretação do coelho de Alice no País das Maravilhas".


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Tempos curiosos

Baixamos, conectamos, plugamos, fazemos dowloads, salvamos, compartilhamos, curtimos e precisamos de instruções para o uso de farinha, um dos mais ancestrais alimentos.
Tempos curiosos vivemos!


terça-feira, 16 de junho de 2015

Papa Francisco e as mudanças climáticas

Seja você, eu, católico ou não, tenhamos uma religião ou nenhuma, é inegável a influência do Papa Francisco no mundo.
Quinta-feira, dia 18, será lançada oficialmente a carta, a nova encíclica do Papa Francisco; só que a carta já vazou e  seu conteúdo trará uma tentativa ambiciosa de unir ambientalismo e fé cristã.
O pontífice condena a inação internacional diante da mudança climática e argumenta que a humanidade não tem direito de destruir outros seres vivos.
Não cabe à Igreja tomar partido, mas sim fomentar o diálogo, é o pensamento do Papa.
( Observatório do Clima )

Inegável também que as mudanças climáticas se acentuaram em nosso país. Se antes apenas o Nordeste sofria com a seca, ela chegou ao Sul e Sudeste, secou represas, reservatórios, afetou a agricultura, pecuária, e impôs novos hábitos de consumo à população.
Em outros continentes, populações inteiras são expulsas de seu território por conta dessas mudanças.
Oxalá o Papa Francisco consiga, nessa ambiciosa carta, fomentar o diálogo e induzir as mudanças necessárias para a preservação da vida no planeta.

Um vídeo, lançado por uma organização internacional, mostra o Papa como um super-herói nessa batalha.
Eu adorei o vídeo. Pode ser que muitos não gostem de vê-lo retratado dessa maneira caricata e super humorada.
#papapeloplaneta

domingo, 14 de junho de 2015

Despendurando do varal


Penduramos ontem a leitura da vez no varal aqui e lá na Tina e agora é hora de recolher!
Deixamos nossos agradecimentos a todos que estenderam no varal, aos que leram, espiaram, enfim, uma troca muito agradável!
Quero responder os comentários, mas como não criei esse hábito no blog, vou aproveitar para fazer uma postagem respondendo e também aproveito para deixar os links para quem quiser visitar outros varais!

Chica que pendurou no Lugares Coloridos - pois é Chica, eu que é que acho organizada! Especialmente com os blogs; é admirável a maneira como você administra os vários temas dos teus blogs, participa ativamente da blogosfera e ainda sobra criatividade! Um exemplo para mim e acredito que para muitos blogueiros! Bem, prepare-se para kondar as "tralhas da Marina"! Ela só tem três meses, imagine maiorzinha e cheia daquelas bonecas com sapinhos, bolsas, cachorrinhos... tua casa vai precisar mesmo conjugar o tal verbo!

Estela pendurou no Querendo ser Blogueira. O blog da Estela nasceu no começo desse ano, então se você ainda não conhece, passa por lá!
Pois é Estela, sabe que esse livro tem algo mágico mesmo que mexe com a vida da gente? Quando puder leia e quem sabe, você também não comece a conjugar o verbo kondar! Obrigada pela participação e já vai preparando a próxima! Beijo.

Paula, do Poesia do Bem pendurou poesia no guardanapo no varal! As fotos estão lindas Paula, depois eu passo por lá. Obrigada pela tua participação com a Alice e a tua mãe também. Ficou especial!

Lá na Felipa teve chuva no varal, mas como ele é mágico, deu tudo certo! Lá tem indicação de poeta português e outras leituras. Voa lá pra Portugal no Felipa-imagens. Obrigada por participar, depois passo com calma por aí!

A Dra. Cristiane participou espiando e comentando! Obrigada Cris!
Lá no blog dela tem várias indicações de livros e outras coisas bem interessantes. Confere lá no Mulheres em Círculo.

A Rosélia pendurou lá no varal um trecho da leitura da vez com o título Frieza Interior,  que encantou! E tem também lindas imagens. Está no blog idade-espiritual.
Rosélia adorei saber do seu segredinho  da bagunça organizada e não vou contar para ninguém!
Ah! O texto belíssimo sobre as crianças foi enviado pela Angela lá de Portugual. Incrível mesmo!
Beijo.

Majoli literalmente pendurou sua leitura! E para minha surpresa foi o meu livro!
E você também gostou da conjugação do verbo kondar! Mais tarde passo pelo seu varal. Obrigada!
Aqui o varal em Majoli - rabisco da alma.

Hilsa, voê chegou de mansinho, prometeu participar e está aqui! Obrigada!
Tem leitura romântica lá no varal da Vida Bonita. Passo mais tarde por lá. Beijo!

Oi Fernanda! Que prazer conhecê-la debaixo do varal com a sua leitura da vez pendurada!
Volte sim mais vezes. Eu passarei lá no Sonhar e Planejar mais tarde. Beijo!

Pandora adorei sua filosofia "a gente se apega à bagunça como se ela fosse amiga!"
Não é nada fácil, para mim pelo menos, conjugar o verbo kondar, mas estou tentando!
Eu também leio mais de um livro por vez e já me perdi até nessa bagunça! As tuas indicações infantis me encantaram! Depois confiro as outras lá no elfpandora!

Tina, eita que o varal ficou comprido e pesado! Precisou até de bambu pra erguer lá no alto e  não deixar as leituras da vez rastando no chão!
Você conseguiu transformar o verbo kondar em adjetivo: kondadeira! Mari Kondo adoraria saber disso!
Além da minha compreensão também maltratar crianças.
Mais um pouquinho e chego no teu varal lá no Meu Blog e Eu.

Luma, o texto que a Angela nos mandou é de uma bela e difícil reflexão, mas não dá para fechar os olhos a essa infeliz realidade que persiste através dos tempos, o número de crianças em trabalho escravo pelo mundo é aterrador.
Sabe que o teu comentário já me inspirou em falar sobre as crianças aprenderem a organizar como sugere a Mari; um caminho que se aprendido desde cedo, facilita muito a vida.
A sua participação no varal ficou ótima com a sugestão dos correios entregarem via caravelas!
Vou lá depois conferir mais.
As caravelas da Luma e as leituras estão no Luz de Luma.

Uma caverna desorganizada precisando kondar?! Adorei saber Bruxinha!
Depois passarei no seu Poções de Arte.
O livro foi lançado em maio no preço de 24,90. Vi hoje no site da livraria Saraiva por 19,90, mas tem o frete. Você deve encontrá-lo fácil nas livrarias e depois conta o que achou! Beijo.

Angela, quero te agradecer por nos proporciar necessária reflexão com o texto do poeta português Eugenio de Andrade em Rosto Precário, muito enriqueceu nossa blogagem, nossas reflexões.
Deixo o link do blog da Angela. Lindas fotos, lindos momnetos por lá. Portugal en photos.

Fernanda Sartori também participou com uma boa indicação de romance histórico! Confere lá no Templo das Borboletas. Beijo Fernanda!

Estamos aguardando pelo menos mais duas participações! Então depois eu edito para agregá-las e como disse nos comentários, passo mais tarde nos varais participantes!
beijo!

E já chegou a participação da Claudia do Blog da Clauo com sua leitura da vez. Uma ótima sugestão, confere lá!

A Mi também pendurou. Um post delicioso com frases de guardanapo! Por aqui: Rivotril com Coca-cola.

sábado, 13 de junho de 2015

A leitura da vez

Trouxe a minha leitura da vez para pendurar no varal da Blogagem Coletiva!
E confesso para vocês que eu nem acredito que acabei de ler esse livro, nem acredito que comprei esse livro.
No varal então:


Eu, a pessoa que se acha em sua própria bagunça, li um livro sobre organização. E amei!
Nunca me imaginei comprando nada que se referisse a esse assunto, mas comecei a "tropeçar" em uma frase da autora num blog, depois um pequeno texto no jornal e o comprei ainda na pré-venda.
Marie Kondo, a autora, é uma japonesa que se tornou fenômeno mundial com seu método de organização. Técnicas e sentimentos juntos.
"Depois de conhecer a sensação de ter uma casa arrumada, seu mundo parecerá melhor e você não voltará mais à bagunça. É isso que eu chamo de "mágica da arrumação". Os efeitos são impressionantes. Você não apenas deixará de ser desorganizado; terá na verdade, um novo começo na vida".
Muito além da organização, o método KonMari traz uma consciência também para o consumo necessário e para coisas e objetos que já cumpriram a sua missão.
Depois da leitura, até minha caixa de correio eletrônico eu kondei, um novo verbo que surge depois da leitura!


Marie Kondo e uma cliente agradecendo os livros. ( kondei minha estante hoje! )
Foto da matéria na Folha de S.Paulo.

E também vem para o varal um texto lindo que a Angela enviou lá de Portugal.
Portugal en photos é o seu blog!

Em Louvor das Crianças

Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia.
 Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso. A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue. O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.


 Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'


Eugénio de Andrade poeta português  19-01-1923   /  13-06-2005


Gostou?! Tem mais lá no blog da Tina.
 Então já sabe: no primeiro sábado de julho tem mais.
04 de julho vamos pendurar no varal algo com o tema comida.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ensinar a celebrar


Foto de oito anos atrás de quando eu fazia scrapbook - e quero retornar a fazer - um foto de meu filho com os dizeres: Um príncipe em treinamento, o que aprender:

 Dar flores e presentes
abrir a porta do carro
ter caráter e bom humor
sorrir e viver intensamente

Bem, ele está em sua fase mais sapo, ops, quero dizer em sua adolescência e eu, como mãe, ao longo dessa dúzia de anos percebi que não é nada fácil colocar meu projeto príncipe em ação!
E talvez, somente no futuro, quando eu o vir num relacionamento é que saberei se as sementes que tentei semear, vingaram.

Hoje eu acrescentaria a essa página de scrapbook o "aprender a celebrar".
Celebrar na definição do dicionário é festejar, comemorar, exaltar, engrandecer.

As datas comemorativas têm sim seu apelo comercial e cabe a nós darmos um significado além do consumismo vazio para elas.
Em tempos de redes sociais, espalha-se rapidamente a versão consumiste/ostentação ou a versão desdém - desprezo com orgulho.
Dia dos namorados amanhã. O comércio com seu apelo, uma grande massa desdenhando a data. Onde se posicionar?
Se você não tem um namorado ( a ) a data não é para você, assim como seu aniversário é só um dia na semana. Se você tem, pode celebrar ao estilo ostentação, consumo vazio, ou tudo isso, ou diferente de tudo com significado.
Agora, se você quiser celebrar o amor. Ah... terá inúmeras possibilidades te esperando!

Lembro-me de uma cena de um jovem abrindo a carteira e dando uma quantia polpuda para a mãe ao som das palavras "Compre um presente para minha namorada, qualquer coisa que você quiser ou acha que ela goste".

:(

Isso não é presentear.

Encontrar significado no ato de presentear é uma arte.
Tento ensinar com exemplos.
Por exemplo, no aniversário deste ano de meu filho ele ganhou uma garrafa d'água. Mas isso eu conto de outra feita!
Para quem vai celebrar o dia dos namorados, largos sorrisos e abraços e o que mais quiser!


quarta-feira, 10 de junho de 2015

De pregador na mão

Já está se preparando para pendurar no varal da Blogagem Coletiva a sua leitura da vez?
Tá valendo até bula de remédio!
Programe, deixa pronto no rascunho do blogger,improvisa na hora, vale fotografar, ou nem precisa, só nos conte qual é a sua leitura da vez.
Sábado. Estamos te esperando, aqui ou lá na Tina!
Eu já estou de pregador na mão! Pega o seu e vem!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Aula de saber ouvir

Minha filha chegou da escola hoje com certa euforia.
Tudo por conta de uma aula "suuuuper legal" que ela teve e pôs-se a me contar.
"Mãe, a Pro Dri deu uma aula sobre aprender a ouvir e ..."
Contou-me detalhes da aula, das atividades divertidas que fizeram e enquanto ela falava eu me lembrava de Rubem Alves e sua escutatória.
Só no finalzinho do dia é que consegui sentar-me à frente do computador e pesquisar.

"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular" -  Rubem Alves  ( texto na íntegra aqui ).

Uma alegria me invadiu. Gritei dentro de mim, mirando pro céu, gritei pro Rubem - olha, você achou que ninguém fosse se matricular no curso de escutatória, mas se matricularam sim!

Acredito que tenha muita gente, muito anônimo por aí que tão bem sabe exercitar a escuta. Não é fácil.
Na escola de minha filha, na aula de Educação para Cidania, escutar consta da matéria. Não significa que já aprenderam. Aliás, acho que é um aprendizado constante e que sempre pode ser aprimorado.

Rubem Alves plantou uma semente talvez sem muito acreditar. Está brotando, verdejando, não foi em vão o sonho do curso de escutatória!

domingo, 7 de junho de 2015

A caneta

Era desnecessário. Absolutamente desnecessário.
Mesmo assim, eu comprei uma caneta.
Havia uma na minha bolsa, duas ou três que ficam na escrivaninha, uma delas próxima ao computador; tem também as crianças, em tempo escolar, sempre com canetas por perto.
Foi afetivo o que me fez comprar.

Na minha infância, mesmo quando comecei a ir para a escola, não havia facilmente uma caneta.
Até os cinco anos, lembro-me da minha mãe advertindo com suavidade na voz: "não vai por na boca, tá?"

Eram essas as canetinhas que eu tinha e era um luxo e uma alegria imensa segurar essa caixinha!
Não me lembro de canetas em casa. Meu pai fazia a féria do dia da barbearia com lápis.
Entrei na escola levando o meu estojo retangular de madeira com tampa vermelha, cheio de lápis, de escrever e de colorir.
Foi na terceira série que aconteceu: acho que por ser de difícil acesso, para mim, uma caneta, era um sonho bom chegar logo à terceira série - soubemos na hora do recreio que era nessa série que se começava a escrever à caneta. Até lá, sempre o lápis preto, que em determinado momento ganharia o adjetivo de enjoativo.
Porém, quando cheguei à terceira séria, fui informada pela própria professora que não era assim tão fácil ganhar a caneta. O candidato à vaga, ou melhor, à caneta deveria ter caligrafia impecável. Eu não me enquadrava nesse quesito. Não era garrancho minha letra, mas estava distante do impecável e isso me angustiou um pouco.
A cada dia que passava, minha mão direita parecia ganhar asas e não podia mais se conter presa a um lápis. Diante da demora em chegar o tal dia da caneta e a instabilidade que pairava sobre o meu mérito, bolei um plano: na lição de casa para o final de semana ( sempre uma cópia de um texto do livro de Língua Portuguesa ) eu diria para a professora que havia tinha ido passear na chácara de minha tia ( o que era verdade ) mas havia esquecido o estojo e lá só havia uma caneta e esse era o motivo de eu ter feito a cópia à caneta.
Feito.
Que emoção foi ignorar o lápis e deslizar pelas linhas acinzelatas do meu caderno de brochura com aquela tinta azul. Como era diferente do lápis! Deslizava, parecia ser mais fácil a cópia. Mais rápido era com certeza. O lápis prendia minhas consoantes, com a caneta tudo deslizava. 

Na segunda-feira eu estava empertigada perante a grande mesa de madeira escura da professora para receber o visto da lição.
Duas pessoas à minha frente na pequena fila perante a mestra.
Meu mundo era azul, um delicioso sonho azul realizado até chegar a minha vez.

Desmoronei junto à chácara de titia e todo meu plano e meu sonho azul tornou-se uma mancha horrenda azul no meio de meu caderno.
Amigas pediam para ver: lá estava de um lado a grafia de grafite, na outra página, a mácula, o desdouro azul.

Acabou o caderno, o semestre e logo nos primeiros dias de um agosto foi anunciado o "dia da caneta". A professora anunciava o nome do eleito e a freira de hábito verde-hospital fazia a entrega de delicado pacote. Fui eleita ainda trazendo no peito aquele agouro.
A caneta era uma bic azul de ponta fina.
A imagem mais próxima que encontrei na web, foi essa:


O dia da caneta foi uma marco em minha vida. A partir dele, a proximidade com esse objeto se deu mais corriqueiramente. Vieram as canetas pretas e vermelhas e a verde de ponta grossa.
Logo percebi meu gosto pelas de ponta fina. Parecia a letra ficar mais bonita.
Um dia, no balcão da papelaria estudantil, a vendedora mostrou-me uma nova marca, um novo modelo que prometia não estourar nas mãos manchando tudo, inclusive a camisa branca do uniforme. Ela me recomendou testar num pequeno bloquinho cheio de riscos ondulados. Fiz a minha ondulação e senti imediata empatia com a tal caneta. Custava um valor bem mais elevado que as demais.
Levei.
E foi no quarto ano que a tia Ruth elogiou minha letra perante toda a sala.
Durante seguidos anos letivos,eu elegi aquela caneta, aquela marca como sendo uma luva perfeita para minha mão.


Décadas se passaram. As canetas espalhadas pela casa estampam marcas de escolas de idiomas, nomes de remédios, serviço de seguro.
Foi então que eu me deparei com aquela caneta da minha infância que tornava a minha mais bonita, o meu caderno o mais caprichado e solicitado para a professora levar para a casa dela.
Da caneta eu não necessitava.
Do sonho azul, sim. Por isso comprei!

Após escrever, fiquei curiosa e quero saber: você tem uma caneta especial, ponta fina, ou grossa, ou tanto faz? Modelo, recordações? Ah, quero saber!



sábado, 6 de junho de 2015

Blogagem coletiva de sábado

Sábado é um dia sonolento, mais "paradinho" para os blogues! 
E pensando em colorir e agitar um pouquinho...

"Para o sábado, 13 de junho, e um sábado por mês e até onde render, vou propor aqui e a Tina lá no blog dela, uma Blogagem Coletiva, tipo cada um fazer a sua postagem e ao mesmo tempo ser em grupo, tipo todas num varal penduradas com pregador, num quintal. Para promover interação, socialização, troca de figurinhas."
E nesta primeira blogagem vamos pendurar "A leitura da vez".
Tudo livre e leve, feito vento a balançar o varal - vale resenha, foto do livro, revista, frase, motivo da leitura, o que você quiser. Sob o sol da blogosfera, vamos espiar os comentários, chamar um vizinho a participar!
Então durante essa semana prepare a sua postagem, deixa em rascunho, agendada se não tiver tempo.
Será uma blogagem ensolarada! Vem!



terça-feira, 2 de junho de 2015

A tomada mov

 - Mãe, o que significa tomada mov?
 - Filha, não sei. Moço, moço, essa caixa põe ali na lavanderia e aquela outra via pro quarto lá do fundo.
 - Mãe, vem aqui rapidinho, tem um papel na tomada mov.
 - Filha, depois que eles terminarem de descarregar as caixas, o que falta eu vejo.

...

 - Nossa meu bem querer, já tentei ligar o rádio e parece que nenhuma tomada funciona.
 - Eu vou descer pra ajudar eles a tirarem a geladeira e falo pra alguém vir aqui dar uma olhada.

...

 - Pronto, está ligado o aquecedor e tá tudo ok com o 220v. Tudo funcionando.
 -220w? - meu bem querer com cara de mal estar.
 - Sim, sim, aqui é tudo 220v. Não avisaram vocês?

...

 - Filha, cadê a tomada que você estava falando?


 - Ah... não é tomada mov. É 110v filha.

Rádio queimado, geladeira.
Devia ter ouvido a filha no dia da mudança.

O fato é que temos apenas uma tomada 110v que é bastante concorrida aqui em casa.

 - Mas mãe eu tô jogando.
 - Então vai ficar com fome porque eu preciso usar o liquificador.


Já é velha essa história, já podemos rir dela!
Ocorreu na no início do ano, na nossa mudança de cidade. Encontrei esses dias o papelzinho da tomada "mov" e recordei toda a história. 

Moral da história: ouça uma criança!


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Presentear

O dia dos namorados de 2014 foi um fiasco. Especialmente para o comércio mas também particularmente para alguns.
12 de junho de 2015 promete! Cairá numa sexta-feira, data excelente para comemorações, nada de copa do mundo para atrapalhar e ainda muitos terão que se desdobrar para que se redima o 7 x 1...
Presentes. Penso nos presentes, se sabemos presentear, não nos dia dos namorados, mas em outros dias também.
Vi um painel gigante num shopping e imediatamente lembrei-me de um texto da jornalista Eliane Brum que cita um presente que recebera de sua mãe.
O presente era um pijama comprado na feira. Ao desembrulhá-lo, o cheiro de roupa lavada chega primeiro.
Sim, sua mãe tinha esse costume ao presenteá-la: já lavava, passava para depois embrulhar e entregar. Dizia para a filha que todo mundo passa a mão, pega na roupa, então ela lhe entregava assim já limpo.

Fiquei encantada com essa maneira de presentear.
E fui pensando em como fomos nos distanciando de saber presentear.

"O que você quer ganhar? "
"O que ele gostaria de ganhar? "
"O que ele está precisando? "

Temos pedidos, na verdade, temos encomendas de presentes.
Tudo previsível.
Temos medo de fugir do pedido.E se fugir, na maioria das vezes, vai desagradar o presenteado que já esperava pelo que ele pediu.

Talvez o dia dos namorados seja uma data em que mais se tenha possibilidade de inovar, de realmente presentear, surpreender.

Para o dia dos namorados se quer fugir do óbvio, os envolvidos são capazes de presentear com o inverso do que o namorado gosta.
"Sei que você adora rock, mas escolhi um cd de mpb só para você pensar em mim. "

Não é romântico? E tenha certeza de que o roqueiro apaixonado vai ouvir mpb só para pensar em seu amor. Ah você já fez isso, vai!

Encontrei também um trecho escrito por Martha Medeiros do texto " O melhor presente ".

"O melhor presente que podemos oferecer a alguém é um acréscimo de vida. Podemos fazer isso dando uma dica de livro, uma dica de música, uma dica de lugar para conhecer, uma dica de programa de tevê que foge da mesmice, enfim, tornar a vida do outro mais rica através de ideias e de emoções."

Eu já presenteei muito ao estilo "encomenda". Estou ousando mais.
Penso mesmo em entregar um embrulho com o cheirinho do meu sabão, do meu amaciante, direto e pronto para o uso.

E você, como presenteia?